Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla (EM) afeta mais de um milhão de pessoas, a nível mundial (Dean, 1994). Em regra, a doença manifesta-se, clinicamente, entre os 25 e os 40 anos de vida, e é a causa mais comum de incapacidade neurológica crónica em jovens adultos (Weinshenker, 1996). A sua evolução varia bastante de doente para doente, mas cerca de dois terços das pessoas afetadas acaba por desenvolver algum tipo de incapacidade (Weinshenker, 1995). Independentemente do nível de incapacidade, os doentes, muitas vezes, indicam que a doença lhes traz fortes impactos negativos, do ponto de vista social e psicológico (Murray, 1995; Rudick, et al., 1992). Para além disso, as consequências económicas da EM são consideráveis.
Em Portugal, várias fontes de informação apontam para custos, por doente, superiores a 10.000€ por ano. Só a medicação, à base de interferões, excluindo outra [medicação], o ato médico e as ajudas técnicas, custa, ao SNS, 10.000€, por cada doente com EM em tratamento (Joaquim Pinheiro, 2005).
Na Alemanha, o custo anual, por doente, foi estimado em 33.446€, aumentando esse valor para 107.750€, no caso de doentes com a forma mais severa da doença (Kobelt et al., 2001).